Promover a produção associada – e integrá-la aos produtos turísticos – é hoje a forma mais efetiva de incrementar as vivências, encantar os visitantes e estabelecer um processo de desenvolvimento sustentável para o turismo.
Atualmente, quando ouvimos falar em sustentabilidade como “condição fundamental para que o turismo impulsione o desenvolvimento de uma determinada região”, o que nos vem à cabeça, em primeiro lugar, são as inúmeras ideias relacionadas ao uso de energias renováveis, à exploração consciente dos recursos e, sobretudo, à preservação dos ecossistemas em nossos destinos.
No entanto, há um elemento de suma importância que, invariavelmente, costuma ser negligenciado quando o tema é sustentabilidade: qual seja, “a estruturação de uma cadeia produtiva associada ao turismo, focada no estímulo à oferta de produtos e serviços com características tipicamente regionais”.
Em outras palavras, para que um destino seja considerado “sustentável”, além de uma efetiva preocupação ambiental, é preciso que haja uma articulação cooperada entre os demais setores da economia, sustentada, é claro, por um processo contundente de valorização dos aspectos simbólicos peculiares à sua identidade cultural.
Somente dessa forma, portanto, a atividade turística apresenta-se como uma alternativa relevante para o desenvolvimento sócio-econômico dos destinos, pois – ao agregar valor ao produto turístico, incrementando o seu diferencial competitivo – a produção associada atua como um suporte voltado à criação de novas redes de trabalho e ao aumento dos níveis de renda para as comunidades.
De acordo com o MTur, produção associada é qualquer produção artesanal, industrial ou agropecuária que detenha atributos naturais ou culturais de uma determinada localidade ou região, capazes de agregar valor ao produto turístico.
Ou seja, quando falamos em produção associada, estamos nos referindo a todos os elementos que formam a identidade cultural de um destino: suas riquezas, valores e sabores; seu design, estilismo e tecnologia; sua modernidade e sua tradição; enfim, estamos nos referindo aos elementos “diferenciais” do produto turístico de uma localidade.
Partindo desse conceito, portanto, podemos identificar os produtos e os processos produtivos capazes de agregar valor à oferta, para então adequá-los ao mercado, tornando-os componentes da atratividade dos destinos e fortalecendo uma rede de cooperação formada pelos diversos setores econômicos da sociedade, com o objetivo de estimular a prática de um modo de produção voltado à solidariedade, à igualdade e à valorização da cultura típica do lugar.
A produção associada, portanto, é uma estratégia singular, que se propõe a ampliar a competitividade dos destinos brasileiros ao promover a transformação social e o desenvolvimento regional. A importância desta estratégia é ainda maior, pois representa, além de tudo, um dos caminhos mais férteis para a elaboração de vivências inesquecíveis para os visitantes.
Nesse sentido, existem, dois tipos de produtos associados que podem ser agregados à atividade turística com o objetivo de criar ou incrementar as experiências: de um lado, os produtos “materiais” – artesanais, industriais, agropecuários etc.; e, de outro lado, os produtos “imateriais” – danças folclóricas, paisagens, personalidades, entre outros. Dessa forma, pode-se dizer que a produção a ser associada ao turismo deve buscar:
A representatividade cultural, identidade e inspiração étnica que valorizem a arte popular.
A identificação e a contextualização histórica e cultural do processo pelo qual foi criado.
A técnica de produção tradicional ou inovadora que desperte o interesse do turista em conhecer o processo produtivo.
A utilização de matéria-prima do produto de origem local, comprovando a sustentabilidade de produção.
A qualidade do produto assegurada.
Cataia por exemplo é uma bebida típica Caiçara encontrada em Cananéia, São Paulo. Artesãos locais curtem a cachaça com a folha da árvore cataia e vendem como lembrança da cidade.Cataia por exemplo é uma bebida típica Caiçara encontrada em Cananéia, São Paulo. Artesãos locais curtem a cachaça com a folha da árvore cataia e vendem como lembrança da cidade.
Cataia por exemplo é uma bebida típica Caiçara encontrada em Cananéia, São Paulo. Artesãos locais curtem a cachaça com a folha da árvore cataia e vendem como lembrança da cidade.
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